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MÚSICA

SETEMBRO/ 2.015 - MARISE CEBAN - Extraído do livro "O Espiritismo na Arte", de Léon Denis

     A música desperta na alma impressões de arte e de beleza que são as alegrias e as recompensas dos espíritos puros, uma participação na vida divina em seus encantos e seus êxtases.

     A música, melhor que a palavra, representa o movimento, que é uma das leis da vida; eis porque a música é a própria voz do mundo superior.

     Para exprimir os esplendores da obra universal é necessária a beleza suprema da forma. Dissemos que nem a poesia, nem a música, suportam a mediocridade. No entanto, apesar da indigência estética do nosso tempo, é preciso reconhecer e louvar os esforços de alguns autores que, em suas tentativas, se aproximaram do ápice e conseguiram realizar obras onde passa uma inspiração, uma radiação da beleza soberana. Pela ópera, notadamente, conseguiram mover as fibras dos entusiasmos generosos das almas.

     Isso porque, para gerar e para produzir obras geniais, capazes de elevar as inteligências até os pontos mais altos do pensamento, até o ideal de beleza perfeita, é preciso, inicialmente, criar a si mesmo, edificar sua própria personalidade, e torná-la capaz de experimentar, de compreender, os esplendores da vida superior e a eterna harmonia do mundo.

     Que forças, que emanações, que consolações, que esperanças, podemos passar às outras almas se, em nós mesmos, temos apenas obscuridade, dúvida, incerteza, e fraqueza? O que se poderia esperar de espíritos céticos, fechados a todas as impressões elevadas, surdos a todas as vozes, a todos os ecos do Além?

     A miséria estética da nossa época explica-se pela impotência da alma contemporânea em conceber uma fé esclarecida, uma concepção maior e mais elevada da beleza universal.

    Por consequência, deve-se apreciar as exceções que se produzem e o entusiasmo de raros autores que se esforçam para conduzir a opinião em direção às regiões do ideal.

     Porém, à medida que um novo ideal desperta e os focos do espiritualismo se acendem sobre todos os pontos da Terra, vemos eclodir e desenvolver-se nas almas um reflexo mais poderoso dos esplendores da vida invisível, tal como a revelam os ensinamentos dos nossos amigos do Além. E isso será o sinal de uma floração de obras, o ponto de partida de uma era artística que suplantará em grandeza e em riqueza as obras dos séculos que a precederam.

CONFRONTO INEVITÁVEL

SETEMBRO/ 2.015 - MARISE CEBAN

     Sempre  escuto a frase “somos o que pensamos” e, nessa reflexão, encontro o pensamento de Jesus: “o homem bom, do bom tesouro do coração tira o que é bom, mas o mau, de seu mal tira o que é mau; porque a boca fala daquilo de que está cheio o coração” (Lc 6:45).

 

     E então penso: que tirar desse ensinamento para a música?
     O óbvio! Na música o compositor também coloca harmonia, ritmo, e letra, como se acha plenificado.


E então o confronto inadiável: em grande parte do repertório contemporâneo, emoções/paixões como iras, rancores, e malquerenças, todas conducentes de confusões mentais em agressões verbais alargadas; mas se, por um lado, tornam-se melodias afins para mentes dentro das mesmas emoções, pelo lado oposto causam desconfortos às mentes vibrantes na frequência do sentimento único, oposta àquelas: o amor.


     Creio ser o amor o ponto fundamental à compreensão da Música Celeste que impregna o universo, porém ainda tão incompreendida.


     Complemento a ação reflexiva lendo o trecho do Espírito Massenet no livro de Léon Denis, “O Espiritismo na Arte”“A música terrestre não é mais que um eco enfraquecido e sem nitidez da Música Celeste; é a melodia eólica produzida por pesados e grandiosos instrumentos de madeiras ou metais; é o sonho estrelado e divino expressado por formas de uma vida inferior e material. Porém, neste caso, o sonho é uma elevada realidade”.


     Dura realidade!... Apegados demasiadamente ao imediatismo capitalista-materialista, esquecemo-nos de nos introjetar na busca do Divino existente nas ondas harmoniosas da Música das Estrelas.

 
     E reflito enfim: que sai das nossas bocas ao cantarmos? Eis a nova reflexão.

MÚSICA "ESPÍRITA" PODE CONTRIBUIR COM A TERAPÊUTICA .

JULHO/ 2.015 - MARISE CEBAN

     Quanto mais leio Léon Denis, mais encantada fico com a beleza da criação divina.

      Em seu livro,  tornado clássico desde 1.922, “O Espiritismo na Arte”, os ensinos são pérolas para a alma.

     Na Parte VII, em “A arte e a mediunidade”, subitem onde continuou a tratar da “Música”, vemos o quanto essa modalidade de arte pode transformar nossas vidas, levando-nos a vivenciar momentos insuperáveis. “A música desperta n’alma impressões de arte e de beleza que são as alegrias e as recompensas dos Espíritos Puros, uma participação na vida divina em seus encantos e seus êxtases”. Ele comprova assim, ainda uma vez mais, que a sintonia é tudo, pois através da intuição essas vivências artísticas penetram nossos seres e transformam nossas emoções em sentimentos.

     As experiências vividas com os Espíritos Superiores são únicas e nos parecem, ao lermos Denis, muito fáceis de serem alcançadas, bastando-nos apenas buscar ouvir músicas de qualidades sublimes; e isso implica, ainda pelo mesmo lado, compreender o quanto os médiuns devem colaborar mais, esforçando-se mais, por trazer a todos o enriquecimento harmônico do plano espiritual.

     As músicas verdadeiramente “espíritas” muito podem contribuir como terapêutica ou como profilaxia de várias doenças dos nossos tempos, como as causadas pelas nossas culpas, frustrações, medos, etc., porquanto essas emoções destruidoras da saúde são debeladas com a vivência do bem dentro de nós mesmos.

     As nossas partes consistem em dedicações, estudos, bons pensamentos, sintonias com os bons Espíritos...  Fácil, não? Então, o que mais estamos esperando?

A ARTE: MEIO DE ELEVAÇÃO E RENOVAÇÃO

ABRIL/ 2.015 - Transcrito d’“O Espiritismo na Arte; por Léon Denis; 1.922

     A Arte, sob suas formas diversas, é a expressão da beleza eterna, uma manifestação da poderosa harmonia que rege o Universo; é o raio de luz que vem do Alto e que dissipa as brumas, as obscuridades da matéria, e nos faz entrever os planos da vida superior. A Arte é, por si mesma, plena de ensinamentos, de revelações de luz. Ela arrasta a alma em direção às regiões da vida espiritual, que é a verdadeira vida, e que a alma anseia tornar a encontrar um dia.
     A Arte bem compreendida é um poderoso meio de elevação e de renovação. É a fonte dos mais puros prazeres da alma; ela embeleza a vida, sustenta e consola na provação, e traça para o espirito, antecipadamente, as rotas para o céu. Quando a Arte é sustentada, inspirada por uma fé sincera, por um nobre ideal, é sempre uma fonte fecunda de instrução, um meio incomparável de civilização e de aperfeiçoamento.
     Porém, em nossos dias, muito frequentemente ela é aviltada, desviada do seu objetivo, escravizada por mesquinhas teorias de escolas e, principalmente, considerada como um meio de chegar à fortuna, às honras terrestres. Emprega-se a Arte para adular as más paixões, para superexcitar os sentidos, e assim faz-se da Arte um meio de aviltamento.
     Quase todos aqueles que receberam a sublime missão de conduzir as almas para o Alto se eximiram dessa tarefa. Eles se tornaram culpados de um crime, recusando-se a instruir e a esclarecer as sociedades, perpetuando a desordem moral e todos os males que se precipitam sobre a humanidade. Esse comportamento explica a decadência da arte em nossa época e a ausência de obras importantes.
     O pensamento de Deus é a fonte das altas e sãs inspirações. Se nossos artistas soubessem beber nessa fonte, nela encontrariam o segredo das obras imperecíveis e as maiores felicidades. O Espiritismo vem lhes oferecer os recursos espirituais de que nossa época tem necessidade para se regenerar. Ele nos faz compreender que a vida, em sua plenitude, é apenas a concepção e a realização da beleza eterna.
     Viver é sempre subir, sempre crescer, sempre acrescentar em si o sentimento e a noção do belo.

9º ANIVERSÁRIO DO CENSN - 28 Fev 15 - A MENSAGEM DO ESPÍRITO BELLINI

MARÇO/ 2.015 - CENSN, 28 Fev 15, 9º Aniversário do CENSN. Psicofonia pela médium MARISE CEBAN

    Quando buscamos a música espírita, buscamos Deus, buscamos o amor que o Ser jorrou em todos nós; quando buscamos a música celeste, irmanamo-nos com o universo; quando buscamos nos compreender como espíritos imortais, “filhos” do Sublime Criador, transformamo-nos, analisamos quem realmente somos, transcendemos os nossos vícios, as nossas iniquidades, e os nossos erros.


     Ah, irmãos!... Quanto buscamos vos aconselhar, quanto buscamos vos inspirar, quanto buscamos vos amar, com a nossa presença levando as instruções sábias que estão ao nosso dispor nos registros da natureza, mas quão poucos nos acolhem! Acham-nos farsantes, acham-nos mortos! Vivemos! E queremos exaltar a vida porque a vida é a maior grandeza que temos! A vida é música, a vida se movimenta e vibra em nossas células com a vitalidade que nos faz agir e nos tornar homens de bem.


     Ah, meus irmãos!... Quanto procuramos vos instruir nos sons mais puros, no verdadeiro sentido do amor! Só podemos encontrar uma verdade, a verdade divina, ninguém pode disso duvidar.


      Conclamamos-vos! Abrais os vossos corações, deixeis que vossas mentes busquem o Mais Alto: o Bem! Ele flui, ele não se estagna, ele não fica para traz. O bem jamais se acolhe, o bem ressalta o que somos, o bem vibra, e vibra na frequência divina; o bem nos leva à compreensão de cada um de nós, de quem realmente somos! Por que sentirmos vergonha de expressar Deus em nossos dias? Por que sentirmos vergonha de expressar e dançar ao som da música que nos fala ao coração? Por que buscamos nos rebaixar nas músicas inferiores, nos sons e atritos mais ruidosos que sonoros? 


     Percebais que Deus criou instrumentos magníficos, como os nossos ouvidos, como as nossas mãos, como as nossas intuições, para podermos manifestar a grandeza de que somos.


     Irmãos! Somos seres divinos! Por que não manifestar a divindade que existe em nós?

 

    Conclamo-vos: unais-vos ao amor universal. 


     A música nos leva com muita rapidez por viajar a passos largos no fluido universal, fluindo incessantemente, fluindo sem interrogações, fluindo sem condições, apenas fluindo, como flui o amor do Criador.


     Deixo-vos, queridos, meu abraço fraterno.


     Do vosso servo, 
 

     BELLINI.     

 

Vincenzo Salvatore Carmelo Francesco Bellini - (Catânia, 3 de novembro de 1.801 — Puteaux, 23 de setembro de 1.835) foi um compositor italiano, entre os mais célebres operistas do século XIX. As suas óperas mais famosas e representadas são La sonnambula, Norma, e I Puritani.  ​(Nota do Revisor, retirada do Google)

 

Filho do organista Rosario Bellini, teve as primeiras lições de música de seu pai e de seu avô, Vincenzo Bellini Tobia.
      Foi uma criança prodígio e uma lenda que, aos dezoito meses, foi capaz de cantar uma ária de Valentino Fioravanti e começou a estudar teoria musical aos dois anos, piano aos três, e aos cinco tocava fluentemente. Sua primeira composição data de quando tinha seis anos.
     Com uma bolsa atribuída pelo Duque de San Martino, ingressou no Colégio de San Sebastián de Nápoles, onde estudou com Giovanni Furno, Giacomo Tritto, e o famoso Nicola Zingarelli.
     Compôs música sacra (motets e missas) de Câmara, e sinfônica, mas foi a ópera que lhe deu fama.
     Compôs para o bel canto lírico, expressão vocal que exige grande agilidade e precisão. Tentou minimizar as diferenças entre o clássico cantado e recitado - árias e recitativos - mantendo a tensão dramática.
     A estréia de sua primeira ópera, Adelson e Salvini, ocorreu em 1.825. Domenico Barbaja, diretor da San Carlo Opera House, em Nápoles, e La Scala, de Milão, interessou-se por ele, entregando-lhe várias obras, posteriormente.
     Sua obra mais difundida é Norma, o que evidencia a famosa ária "Casta Diva", quando se conjugam a gravidade clásica com um apasiguamento muito romântico no discurso, sendo esse um dos principais papéis do repertório soprano. 
     Bellini morreu em Puteaux, perto de Paris, de inflamação aguda do intestino, e foi enterrado no cemitério de Père Lachaise, em Paris; em 1.876 os seus restos mortais foram removidos para a catedral de Catania.

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